sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ANTES DAS FLORES

 

ANTES DAS FLORES

 

Alguém que nasceu na primavera

E chegou a viver as quatro estações do ano

Incompleta, as viveu intensamente

Intensidade doada até aos que a conheceram pouco

 

Espelho, abraço no olhar

Reflexo dela no rosto dos que ficam

Gestos se parecem mas escapam logo

Espero, antes das flores

 

Um verão a traz de volta

O outono que renova quase tudo

A estação mais gelada deixou o vazio maior

E a primavera volta em cores vivas

 

Fotografias penduradas

A parede divide e eterniza

Ninguém explica, nem precisa

Ela se faz saber sozinha

 

Leio a frase do dia perfeito

Alguém olhou pro céu enquanto caminhava

A noite adormece sentimentos e pessoas

A calmaria daqui me faz acordar

 

Agora espero as luzes

Distância não é o que mais importa

A calmaria daqui me acorda de um ano

Ficou pela metade entre a saudade e a eternidade

 

 

Marcelo Sorrentino

(Primavera 2009)

 


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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

H A G E N T T E

BANDA HAGENTTE - 1998 - Jornal

A banda HAGENTTE foi formada em Agosto de 1994, com o nome "Mettal Croma"
Em 1995, mudamos o nome para HAGENTTE que tinha mais a ver com o estilo PopRock, sem metal.

Em 1997 e 1998 gravamos o CD "Nosso Olhar" com 12 músicas próprias em português.
As gravações foram nos estúdios LIVE (Porto Alegre) e ACORDES (Canoas).

A banda "acabou", mas pelo menos 1 vez por ano a gente se reune pra tocar... pura nostalgia...

Se alguém ficou curioso para ouvir o som dos anos 90's é só pedir por e-mail: marcelosorrentinO@hotmail.com

Juliano Forte (Guitarra)
Rodrigo Winck (Baixo)
Paulo Sorrentino (Bateria)
Marcelo Sorrentino (Voz/Violão/Guitarra/Teclado)

Participações:
Jeferson Leonardi (Teclados)
Eduard Follmann (Teclados)

DISCO "Nosso Olhar"
(1998)

Faixas:
01 - Nosso Olhar
02 - QUanto Tempo
03 - Seus Passos
04 - Sereno
05 - Sim ou Não
06 - Livre
07 - Coragem
08 - Se foi
09 - Intuição
10 - Dia Todo
11 - A Noite
12 - Te Peço pra Ficar


Aí vai a letra da faixa "4"...

SERENO

O que não faz sentido
Agora entendo, l
eio esses versos
Nem tudo está perdido
Afinal há sempre um recomeço

A noite cai
O dia vai sumindo
Você não sai
O sereno está tão lindo
Olhar pro céu
E ver que vou sentindo
O Teu olhar
Me lembro e vou caindo

Um coração partido
Se tornou um pouco de saudade
Um pouco quando digo
Mas agora te quero de verdade

Não posso mais te ter
E ter que acreditar
No que foi incorreto
Não quero mais lembrar
As coisas de um passado
Que ainda não passou
Ficar só do teu lado
Não diga que ficou

(1997)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Olhar Perdido

Faz horas que estou aqui
E a porta está fechada
Há dias não te vejo
E meus braços não se abrem mais
Fecho os olhos
O barulho me concentra
Abro a janela
O caminho do azul adentra
Caminho pra saída
O azul de fora, entra
A música da vida
A literatura do sentimento
A calçada de pedras
A rua com ladrilho
Ainda vejo o brilho
Daquele olhar perdido
No mosaico escuro
Com tanta claridade
Pressa pro futuro
No olhar, perseguição
No ladrilho, brilho
Na calçada, o caminho
No azul, a liberdade
Na janela, um sonho
No barulho, a cidade
Agora meus braços abertos
Para os dias que almejo
Na porta certa
Encontrei o olhar
Quero ver de perto
Não fico mais aqui.


Marcelo Sorrentino
Fevereiro 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Outubro (Coisas que Eu Não Faço)

Outubro, caminhando, longe, me vieram à mente essas palavras...
Claro que são pra Vivi...


OUTUBRO (Coisas que Eu Não Faço)

Você espera
Coisas que eu não faço
Você tolera
Eu desgasto
Por onde eu não passo
Meu passo ainda é lento
Caminho contra o vento
Desencontro com o tempo
Pegadas apagadas
Memórias embaçadas
Piso a areia lisa
Meu rosto pálido toca a brisa
Aqui do alto, sombras
Brisa forte, mar em ondas
Romaneio do amanhã
Mar calmo demanhã
No sul, ainda espera
Amor deveras
Queria ter uma vela
Atingir velocidade
Matar toda saudade
E quando tudo passar
Sem pegadas pra apagar
Sigo, ao sabor do vento
Daqui a pouco já é novembro.


(Marcelo Sorrentino)
Outubro 2008

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A MENINA DO QUADRO



A MENINA DO QUADRO

Entrei no quarto
Entrei no quadro pendurado
Vi a menina de olhar triste
Lacrimejando que existe
Banhada em tinta e cor
Eu, cheio de ritmo e dor
Escorridos na tela, longos cabelos
Suspensos, feito um espelho
Olhos gigantes matavam minha sede
Lágrimas distantes voltavam sem tocar a parede
Vagavam pela tela infinita
Eu, ainda na espera
Ela, em outra esfera
Menina do Quadro não dorme
Não mostra a mão
Pintura enorme
Me vigia quando entro
Me procura quando saio
Sem mover os olhos, caio
Em profundo sono, quase um desmaio
Menina, vem à tona nos meus sonhos!
Eu, ainda embriagado do outono
Agora enxergo o verdadeiro tom dos teus olhos
Enquanto moras comigo, pra sempre
Eternamente.

(Marcelo Sorrentino)
Outono de 2003